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Uma perspectiva ampliada para a meteorologia? Artigo recente da NASA e NOAA sobre fenômenos do espaço sideral sendo monitorados e estudados quanto ao seu impacto na atmosfera e no clima da Terra.

Segunda-feira, 21 de outubro de 2024.


Começamos esta semana com um novo tema científico para entrar no radar: clima espacial.


Ou você acha que o clima global está relacionado apenas com o que acontece na Terra? A maioria de nós viu que a recente atividade solar levou a impactos nos satélites, em infra-estruturas e belas auroras, aparecendo em regiões do globo onde normalmente não são vistas.


Isso significa que algo também está acontecendo no espaço. Os cientistas da NASA estão analisando esse mecanismo chamado máximo solar.


(Se você gosta de ciência de vanguarda, leia este artigo. Caso contrário, vá direto para o parágrafo final).


Na semana passada, a NASA e a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) anunciaram que o Sol atingiu o seu período solar máximo, que poderá continuar durante o próximo ano. Aproximadamente a cada 11 anos, no auge do ciclo solar, os pólos magnéticos do Sol mudam e o Sol passa de um estado calmo para um estado ativo e tempestuoso.


Os Ciclos Solares começaram a ser acompanhados cientificamente em 1750, sendo que estamos agora no ciclo 25.


Os ciclos solares também estão relacionados com a ocorrência de manchas solares e têm sido rastreados por astrônomos desde que Galileu os observou pela primeira vez por volta de 1600. Cada ciclo solar é diferente – alguns ciclos têm picos por períodos de tempo maiores e mais curtos, e outros têm picos menores que duram mais tempo.


Durante maio de 2024, uma barragem de grandes erupções solares e ejeções de massa coronal lançou nuvens de partículas carregadas e campos magnéticos em direção à Terra, criando a tempestade geomagnética mais forte na Terra em duas décadas – e possivelmente uma das mais fortes exibições de auroras já registradas nos últimos 500 anos.


O ciclo 25 já acabou?


Os cientistas ainda não sabem. São necessários muitos meses para determinar o pico exato deste máximo solar, porque só é identificável quando os cientistas rastreiam um declínio consistente na atividade solar.


“A atividade das manchas solares do Ciclo Solar 25 excedeu ligeiramente as expectativas”, disse Lisa Upton, copresidente do Solar Cycle Prediction Panel e cientista-chefe do Southwest Research Institute em San Antonio, Texas.


A NOAA já indicou que “Todo o clima na Terra, desde a superfície do planeta até ao espaço, começa com o Sol. O clima espacial e o clima terrestre (o clima que sentimos na superfície) são influenciados pelas pequenas mudanças que o Sol sofre durante o seu ciclo solar... medições cuidadosas sugerem que a atividade solar de fato aquece a Terra em cerca de um décimo de grau (0,1°C) durante o máximo solar em relação ao mínimo solar.”


O mesmo artigo da NOAA acrescenta que “o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) considera que a atividade solar é um contribuidor menor para as alterações climáticas em comparação com fatores antropogênicos, como a emissão de gases de efeito de estufa”.


Será mesmo? A ciência meteorológica terrestre diária deveria expandir suas fronteiras para o espaço sideral?


Apesar das dúvidas científicas que ainda possam existir relacionadas com os seus impactos climáticos, é hora de agir.


Clique na imagem abaixo para ler o artigo “NASA, NOAA: Sun Reaches Maximum Phase in 11-Year Solar Cycle” de 15 de outubro de 2024.


Por último, mas não menos importante, alinhado com o “apelo à ação” mencionado acima, não negligencie os posts da semana passada com tópicos mais “mundanos”, tais como insights especiais sobre a natureza jurídica dos créditos de carbono, hidrogênio de baixo carbono, 2024 como o ano da pico de emissões e temas legislativos e metodológicos especificamente relacionados ao Brasil.




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“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less.”

“I am among those who think that science has great beauty”

Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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