Quinta-feira, 5 de setembro de 2024.
Carbono (18,5%) é o segundo elemento mais abundante no corpo humano, atrás do oxigênio (65%) e seguido pelo hidrogênio (9,5%).
Antes de falar sobre Marte, algo sobre nosso planeta Terra, através de 4 frases que aparecem no fantástico documentário “Carbon: The Unauthorised Biography”.
Aliás, como os dois primeiros posts desta semana foram sobre geologia …
e
… começamos com a frase do geólogo Bob Hazen:
(1) “Cada um de nós vive num mundo de carbono. Temos que aprender a conviver com o carbono. E ele fica muito feliz em se dar bem conosco se o tratarmos bem”.
Mas também as frases, respectivamente, de um historiador, um cientista climático e uma ecologista:
(2) “Desenvolvemos esta relação com o carbono que beneficiou a nós, humanos, de muitas, muitas maneiras poderosas... Agora temos a sensação de que estamos a gerir um planeta, mas o que estamos começando a aprender é que temos muito menos controle das coisas do que pensávamos. E o próprio poder é perigoso”, David Christian.
(3) “O carbono deixou de ser uma força benevolente, um protetor do sistema terrestre num estado estável, e agora está a ser libertado e aumentando na atmosfera. Ele está se tornando um destruidor”, Will Steffen.
(4) “O ciclo do carbono mostra que estamos todos irremediavelmente ligados… estamos todos juntos nisto”, Suzanne Simard.
Mas então o que a NASA encontrou de intrigante sobre o carbono em Marte?
Pesquisadores do rover Curiosity descobriram que quase metade de suas amostras (Cratera Gale) tinham quantidades surpreendentemente grandes de carbono-12 em comparação com o que os cientistas mediram na atmosfera marciana e nos meteoritos.
O que ocorre é que as criaturas vivas na Terra usam o átomo de carbono-12 - menor e mais leve - para metabolizar alimentos ou para fotossíntese. Versus o átomo de carbono-13, mais pesado.
“Na Terra, os processos que produziriam o sinal de carbono que estamos detectando em Marte são biológicos”, dizem os cientistas.
“Temos que entender se a mesma explicação funciona para Marte, ou se existem outras explicações.” Marte pode ter começado com uma mistura diferente de isótopos de carbono aos da Terra há 4,5 bilhões de anos. Marte é menor, mais frio, tem gravidade mais fraca e gases diferentes em sua atmosfera. Além disso, o carbono em Marte pode estar circulando sem qualquer vida envolvida.
“Há uma grande parte do ciclo do carbono na Terra que envolve a vida e, por causa da vida, há uma parte do ciclo do carbono na Terra que não podemos entender, porque em todos os lugares que olhamos há vida”, disse Andrew Steele, cientista da Carnegie Institution for Science em Washington, DC.
Clique na imagem abaixo para saber mais no portal da Missão Marte da NASA. Vai notar outros tópicos intrigantes sobre metano … e oxigênio.
E aqui para o site oficial do documentário (assistimos na NatGeo) ou aqui para assistir dois traileres no YouTube.