Há alguns dias publicamos sobre a inauguração do maior complexo solar do Brasil com capacidade instalada de 1,2 GW e cobrindo uma área total equivalente a 4.300 campos de futebol.
Quando a matéria foi propagada no LinkedIn, foi recebida com entusiasmo mas também algumas considerações. Basicamente relativas às dimensões do terreno e quanto à vegetação da região, o cerrado brasileiro. Enfim, prós e contras, balanço dos custos e benefícios, não apenas financeiros mas também ambientiais e sociais.
Trabalho recente da McKinsey "Land: A crucial resource for the energy transition" também aborda essas questões.
Analisando a perspectiva da União Européia, cuja transição energética está formalizada no European Green Deal, a meta são 1.236 gigawatts (GW) de capacidade renovável até 2030, exigindo mais de 700 GW adicionais até 2030, 90 por cento eólica e solar. Ou seja, a área necessária será enorme. E com os seguintes desafios, no mínimo:
adequação técnica
concorrência com agricultura
impacto na biodiversidade e conservação
restrições legais
Algumas soluções interessantes são citadas:
- análise geoespacial completa, atividades geolocalizadas e sensoriamento remoto combinados com inteligência artificial
- "agrivoltaics", uso simultâneo da terra para agricultura e painéis solares. Leia mais a respeito em publicação do WEF ou pelo US Department of Energy
Segundo a McKinsey "nossas estimativas mostram que cerca de 9% da terra disponível na Alemanha seria adequada para energia eólica e menos de 1% da terra na Itália seria adequada, sem limitações, para energia solar fotovoltaica". E pontos de atenção como "... locais favoráveis para energia eólica na Alemanha ... em geral, maior número de espécies de aves, o que complica ainda mais a proteção da terra."
Clique na imagem abaixo para ler mais e ver as 7 recomendações da McKinsey.
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