Hoje é quinta-feira, 01 de agosto de 2024.
Hoje damos espaço para importante ação da Science Based Targets initiative (SBTi) divulgada em 30 de julho de 2024. Como tal, teremos que quebrar a série de posts sobre financiamento climático - depois de falar da IOSCO, COP29 e do Tesouro dos EUA - mas que você sempre pode revisitar em nosso portal.
A SBTi foi notícia no último dia 9 de abril de 2024 com o “Statement from the SBTi Board of Trustees on use of environmental attribute certificates, including but not limited to voluntary carbon markets, for abatement purposes limited to scope 3”.
Esta notícia gerou um misto de euforia e indignação, indignação principalmente por parte dos próprios funcionários da SBTi, indicando a falta de consulta prévia suficiente sobre o tema, adesão aos seus “procedimentos operacionais padrão”. Esse imbróglio levou a outra publicação, o “Update 19 April 2024 to the Statement of the SBTi Board of 9 April 2024”.
Em 2 de julho de 2024, o CEO da SBTi deixou o cargo “por motivos pessoais”.
Esta publicação mais recente é intitulada “SBTi releases technical publications in an early step in the Corporate Net-Zero Standard review” e divulga quatro trabalhos técnicos como uma etapa inicial de processo de revisão do SBTi Corporate Net-Zero Standard. São eles:
(1) Documento de discussão sobre Escopo 3: de natureza informativa, estabelecendo a visão inicial da SBTi sobre possíveis mudanças que estão sendo exploradas em torno da definição de metas do Escopo 3, incluindo princípios e conceitos subjacentes.
(2) Evidências recebidas sobre a eficácia dos Certificados de Atributos Ambientais: divulgação de todas as evidências apresentadas como parte da consulta pública sobre evidências, que ocorreu de setembro a novembro de 2023, sobre a eficácia dos Certificados de Atributos Ambientais (sem avaliação SBTi). Demos destaque a esse consulta pública, lembra-se?
(3) Relatório sintético de evidências sobre a eficácia dos Certificados de Atributos Ambientais nas metas climáticas corporativas – Parte 1: Créditos de carbono (Partes 2 e 3 ainda a serem publicadas): Relatório apresentando a síntese da SBTi das evidências apresentadas por meio da consulta pública sobre a eficácia dos créditos de carbono nas metas climáticas corporativas.
(4) Resultados da revisão independente sobre a eficácia dos créditos de carbono nas metas climáticas corporativas: Uma declaração que resume as conclusões da avaliação conduzida por um terceiro independente sobre literatura acadêmica revisada por pares, sobre a eficácia dos créditos de carbono quando usados como um substituto para redução direta.
Todos sabemos que o que importa é a descarbonização direta da cadeia de valor e os créditos não podem ser usados como substitutos disso.
Mas deveriam então os Certificados de Atributos Ambientais, como os créditos de carbono, ser posicionados como um dos últimos passos?
“As metas são o primeiro passo para a descarbonização.” conforme indicado pela CEO interina da SBTi, após lembrar que “na última década, a SBTi validou as metas de mais de 5.000 empresas, com outras 3.000 empresas se comprometendo a submeter metas para validação da SBTi”.
Aliás, algumas partes do mundo já relataram fortes resultados de descarbonização, apesar das “esquisitices climáticas” que vemos cada vez mais.
Clique na imagem abaixo para ler mais e participar. Textos apenas em inglês, infelizmente.
SBTi é uma parceria entre o CDP, United Nations Global Compact, World Resources Institute e o WWF, com um objetivo: reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, promovendo metas científicas.