Um ótimo artigo no The Economic Times sobre os acontecimentos recentes nos mercados voluntários de créditos de carbono (VCM). E perspectivas sobre o que pode estar por vir.
O VCM cresceu para US$ 2 bilhões em 2021, esperando-se que atinja de US$ 10 a 40 bilhões até 2030.
Por um lado, reflete o potencial de apoio financeiro a projetos ambientais. Por outro, o cenário pós-pandemia, de preços pressionados pela inflação, deterioração econômica e escrutínio público e da mídia.
Veja os preços dos tokens da AirCarbon (USD/ton CO2e):
Corsia Elegible Token: caiu de $ 8 para 1
Agricultura, silvicultura e uso da terra: $ 1
Renováveis, energia e eficiência: $ 1 - 2
Domésticos (cookstoves): de $ 10 a 4
Projetos baseados na natureza (safras recentes): $ 6 - 15
BECCS, biochar e DACC (remoções de longa duração): $ 85 - 96
A AirCarbon Exchange, lançada em Cingapura em 2019 focando primeiro no CORSIA (Compensação de Carbono para Aviação Internacional), expandiu logo para outros tipos e parcerias: UNFCCC, Abu Dhabi Global Market e Deutsche Börse.
Ou seja, os créditos de carbono são atualmente negociados como commodities. E por isso “o mercado teria uma falha inerente … em vez de gerar confiança nos projetos de compensação e remoção de emissões, essa abordagem está tendo o efeito oposto e permitindo que créditos de baixa qualidade manchem o mercado”. Além disso, “tratados como commodities, todos os créditos de carbono também são iguais e fungíveis … a qualidade das compensações de carbono varia imensamente”.
O artigo também indica alguns riscos:
Accounting: Consegue-se calcular com precisão o quanto de CO2e foi evitado na atmosfera?
Adicionalmente: As emissões seriam evitadas ou eliminadas sem a compra do crédito?
Permanência: Por quanto tempo as emissões serão armazenadas e qual a certeza da captura?
Desenvolvimento sustentável: Qual o impacto nas comunidades e na biodiversidade?
Por tudo isso, mais o fato do VCM não ser regulado, os Carbon Principles lançados há pouco tempo pelo The Integrity Council for the Voluntary Carbon Market.
Há também um número crescente de agências de classificação de créditos de carbono, usando imagens de satélite em tempo real, além de ativistas pedindo a criação de um sistema global de classificação.
Em prol da credibilidade de todo VCM e correlação completa: tipo de projeto, preço e qualidade.
O artigo conclui: “É hora de mais transparência no mercado”. Clique na imagem para ler.
Carbon Credit Markets: 17o. blog mais influente do mundo e 1o. do Brasil, segundo a plataforma FeedSpot, que avalia os milhares de blogs na web a partir de tráfego, seguidores de mídia social e novidades.
