Hoje é segunda-feira, 17 de junho de 2024.
Há poucos dias, a Secretário do Tesouro, juntamente com outros oficiais do Governo dos Estados Unidos, divulgou o seu “Voluntary Carbon Markets Joint Policy Statement and Principles”.
Dentre outros, essa declaração oficial pretende encorajar o setor privado dos EUA e outras partes interessadas da cadeia de valor dos créditos de carbono a seguir esses princípios e a participar de forma responsável nos mercados voluntários de carbono.
Igualmente na forma de uma declaração conjunta, uma reação imediata do setor privado veio de “pesos pesados” do mundo financeiro: Michael R. Bloomberg, Mark Carney e Mary L. Schapiro.
“A integridade do mercado exigirá que as boas práticas desenvolvidas noutros tipos de mercados financeiros sejam aplicados aos mercados voluntários de carbono”, afirmaram.
Acrescentaram que os mercados voluntários de carbono são uma ferramenta essencial para aumentar investimentos em projetos que reduzam as emissões e ajudem mais empresas a crescer num caminho de baixa pegada de carbono. E aumentar a competitividade, apoiar a criação de emprego e capacitar empresários, agricultores e comunidades para um futuro de baixa emissão de carbono.
“Os créditos só devem ser concedidos a projetos que proporcionem redução adicional de emissões, partilhem os benefícios com as comunidades e respeitem os direitos humanos”.
Nesse sentido, as seguintes recomendações foram feiras:
O G20 deve apresentar princípios de alto nível para mercados de carbono globalmente integrados e de elevada integridade, com objetivos claros, não apenas nas economias avançadas, mas também para os mercados emergentes e os países em desenvolvimento;
Os políticos devem adoptar normas comuns de oferta, demanda, de mercado e integridade social; e
Considerar a situação dos dados e outras infraestruturas de mercado, necessárias para garantir um mercado global funcional e sem lacunas.
O comunicado também sublinha que os investimentos tanto na transição para uma economia net zero quanto na conservação e restauração da natureza precisam aumentar significativamente na próxima década.
Como exemplo, citam que a desativação antecipada de centrais elétricas a carvão exigirá, por si só, solucionar o que fazer com mais de US$ 1 bilhão em ativos, ou seja, aceitar sua irrecuperabilidade.
“Temos pouco tempo a perder e acreditamos firmemente que devemos usar todas as ferramentas à nossa disposição para catalisar maiores ações, dobrar a curva de emissões e dimensionar o tão necessário financiamento de transição.”
Clique na imagem abaixo para o comunicado oficial.
