Em um estudo liderado pela Universidade de Oxford, cientistas calcularam pela primeira vez que, a cada ano, cerca de dois bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) são removidos da atmosfera.
Como referência, os autores estimam que as emissões anuais de CO₂ provenientes de combustíveis fósseis e cimento estejam em torno de .......... de 36,6 bilhões de toneladas CO₂.
Ou seja, a remoção representaria pouco mais de 5% do que está sendo emitido.
Cerca de 99,9% desta remoção de CO₂ ocorre através de “meios convencionais”, tais como a restauração de áreas degradadas, a criação de novas florestas, uma melhor gestão dos solos e a otimização do uso e produtos da madeira. Basicamente florestas.
Por outro lado, representando os restantes 0,1%, temos a Carbon Dioxide Removal (CDR), que consiste em capturar CO₂ da atmosfera e armazená-lo durante muito tempo na terra, no oceano, em formações geológicas ou em produtos. Basicamente captura e armazenamento de carbono.
Especialmente nos países desenvolvidos - ou países com pouca extensão territorial, sem área para restaurar florestas - a inovação em CDR tem se expandido substancialmente, exemplificada por P&D, em patentes e capacidade de investimento. E o CDR tem recebido cada vez mais atenção do público.
Em dezembro passado, o Departamento de Energia dos EUA comprometeu US$ 3,7 bilhões para financiar projetos de remoção de CO₂. A União Europeia, por sua vez, pretende capturar cinco milhões de toneladas de CO₂ anualmente até 2030. Além disso, em 2022 também tivemos notícias sobre a "OPEP for Rainforests", congregando Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo (RDC).
"Ainda estamos no começo", acrescenta o co-autor Jan Minx, do Mercator Research Institute on Global Commons and Climate Change na Alemanha.
Clique na imagem abaixo para o portal onde poderá ler outras "Key Messages" e fazer o download da 1ª. edição do relatório "The State of Carbon Dioxide Removal" (gráficos e esquemas são ótimos!). Os dados CDR também estão disponíveis para download.
O relatório foi uma colaboração liderada por Stephen M Smith (University of Oxford), Oliver Geden (German Institute for International and Security Affairs, SWP), Jan C Minx (Mercator Research Institute on Global Commons and Climate Change, MCC) e Gregory F Nemet (University of Wisconsin-Madison)