"Offsets florestais no caminho dos incêndios florestais". Esse foi um capítulo que assustou, conforme apresentando nas páginas 14 e 15 do relatório, compilando dados da BeZero Carbon, da NASA e da própria MSCI.
O calor e a seca induzidos pelas mudanças climáticas, ameaçam destruir as reservas naturais de carbono, afetando projetos forest-based offsets já realizados ou potenciais. Conforme imagem abaixo, número significativo de nature-based offsets estão localizados em áreas com risco médio a alto de incêndios florestais.
"O que aconteceria com os créditos de carbono gerados a partir de uma floresta que viesse a incendiar-se posteriormente". Essa tem sido uma pergunta que sempre fazemos em eventos que participamos. O incomum é uma boa resposta. Como compensar isso ? Seria uma dupla emissão ?
No último dia 24 de outubro, no webinar "Brazil and Global Climate Governance: A Proposal for Building Climate Capacity in Brazil", organização conjunta entre a Columbia Climate School, a Future Carbon Group e a Columbia Global Centers, ouvimos uma resposta interessante por Paul DeNoon, Senior Advisor da Columbia Climate School: "Buffer pools. Reservas amortecedoras. Projetos reservam alguns créditos para amortecer contra adversidades".
Há referências recentes que incêndios florestais esgotaram 95% dos forest offsets do programa cap-and-trade da Califórnia, por exemplo. (Badgley, Grayson et. al. “California’s Forest Carbon Offset Buffer Pool is Severely Undercapitalized.” Aug. 5, 2022). Incêndios florestais e a silvicultura são a principal causa de perdas florestais do hemisfério norte.
Vamos trabalhar para que esses "buffer pools" sejam cada vez mais uma realidade entre nós. E suficientes para o futuro que nos espera.