O Brasil é conhecido há muito tempo como uma potência de energia renovável, graças a uma geografia abundante em recursos naturais, ideal para geração de energia hidrelétrica, incluindo muitos dias ensolarados e noites com muito vento. E as expectativas são de impulsionar as políticas ambientais e aumentar o apoio ao investimento em energias renováveis.
A energia hidrelétrica representou 58% da capacidade de eletricidade do Brasil no ano passado, enquanto as usinas solares representaram 2% e a eólica 10%, segundo dados do governo. Outros 8% vieram de fontes renováveis que alimentam consumidores específicos, como painéis solares no telhado de residências ou fábricas, incluindo alguns que vendem excesso de energia. Outros 7% foram originados de termelétricas movidas a fontes renováveis, enquanto fontes não renováveis, como combustíveis fósseis, representaram 15% do mix.
O Ministério de Minas e Energia prevê que a capacidade de geração de energia do Brasil chegará a 275 gigawatts até 2031, ante 200 gigawatts no ano passado. Desse total, 83% deverá vir de fontes renováveis, incluindo hídrica, solar, eólica e outras.
Em contraste, no ano passado, 63% da capacidade de geração de energia nos EUA era de combustíveis fósseis, 8% de energia nuclear (uma fonte insignificante no Brasil) e 27% de fontes renováveis, de acordo com a U.S. Energy Information Administration. Especificamente sobre energia eólica, diz André Clark, vice-presidente sênior da Siemens Energy Latin America “Um cliente nos EUA pode ficar feliz se um parque eólico funcionar 35% do tempo. No Brasil, a média é de 60%; muitas fazendas obtêm 72%. Isso é quase como uma usina hidrelétrica.”
Clique na imagem abaixo (fonte https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica) para ler este artigo do WSJ de Paulo Trevisani. O artigo conclui citando David Colvin, sócio e co-presidente da prática ESG do escritório de advocacia Fox Rothschild LLP: "Vejo o Brasil como líder no setor de energia renovável daqui para frente, como já tem sido há muitos anos" .