Nesta segunda-feira, 20 de março, foi publicado um novo relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), órgão das Nações Unidas para avaliações científicas relacionada às mudanças climáticas, congregando os principais cientistas climáticos do mundo.
Nenhuma novidade que você já não saiba, mas é de longe o mais direto da atual série de estudos de aquecimento global do IPCC, que começou em 2015.
“Este relatório é um apelo para acelerar significativamente os esforços climáticos de todos os países e setores, independentemente de prazos de conclusão”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. “Em resumo, nosso mundo precisa de ações climáticas em todas as frentes.”
Para enfatizar a gravidade da crise enfrentada pela humanidade, os cientistas e representantes de 195 países concordaram com uma declaração histórica como parte de seus dados críticos: “As escolhas e ações implementadas nesta década terão impactos agora e por milhares de anos."
Ou seja, 10 anos pode ser pouco, e tarde demais para evitar um ciclo de desastres induzidos pelo clima que superam o que já está acontecendo em todo o mundo. “As evidências de situações extremas observadas, como ondas de calor, tempestades severas, secas e ciclones tropicais, e, em particular, sua atribuição à influência humana, se fortaleceram ainda mais”, afirma o relatório.
Artigo também de ontem da Euronews resumiu o relatório através de 5 mensagens:
1) Não temos mais tempo a perder
2) Os países que menos emitiram são os que mais sentem os impactos das mudanças climáticas
3) O mundo precisa de ação climática em todas as frentes
4) Existem soluções, um caminho claro para a resiliência climática
5) O dinheiro também existe, mas precisa ser gasto nas soluções certas
Clique na imagem abaixo ou na própria apresentação de 18 slides feita durante a conferência de imprensa.
A seção chamada "Summary for Policymakers figures" é particularmente interessante.
