A Arábia Saudita, uma nação conhecida por sua riqueza e pela pujança de seu petróleo como fonte energética, começa a promover as energias renováveis e o comércio de créditos de carbono. Trata-se do reconhecimento da urgência climática, da necessidade de transição para práticas menos poluidoras e mais sustentáveis.
No âmbito da Saudi Green Initiative, veja aqui algumas ações em andamento:
(1) meta de alcançar um mix de energias renováveis de 50% até 2030;
(2) construir a maior usina de hidrogênio verde do mundo, no valor de US$ 8,4 bilhões;
(3) plantar mais de 600 milhões de árvores;
e (4) criação da Regional Voluntary Carbon Market Company (RVCMC), apoiada pelo Public Investment Fund (PIF) do país e pelo Saudi Tadawul Group.
Há cerca de 1 ano em Riyadh, em outubro de 2022, a RVCMC conduziu seu leilão inaugural de compensação de carbono do Oriente Médio, levando à venda de mais de 1,4 milhões de toneladas de créditos de carbono, de projectos em toda a África, de países como o Egito, Mauritânia, África do Sul, Uganda e Quênia.
Mais recentemente, no dia 14 de junho de 2023, em Nairobi, Quênia, a RVCMC participou de outro leilão de créditos de carbono, com projetos do Quênia, Ruanda, Egito e África do Sul. Mais de dois milhões de toneladas de créditos de carbono - Corsia e registados oficialmente na Verra - foram vendidos a 15 compradores, entre os quais Saudi Aramco, Saudi Electricity Company, Saudi Airlines e outras empresas da Arábia Saudita e da África.
A CEO da RVCMC, Senhora Riham El Gizy, enfatiza aqui o impacto mais amplo: “O mercado voluntário de carbono financia projectos que de outra forma seriam antieconômicos, sem o mercado voluntário de carbono.”
A RVCMC planeja lançar uma plataforma de negociação de créditos de carbono no início do próximo ano.
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A Arábia Saudita também enfrenta “estranhos” impactos das alterações climáticas. Relembre aqui este post de janeiro de 2023 "Clima da Arábia: a chuva deixando o deserto verde, causando enchentes e até impactando um rali".