Mercado regulado carbono Buyer Guide WBCS CEBDS.
Na última sexta-feira 28 de julho o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) entregou ao governo federal documento que resume suas bandeiras prioritárias, incluindo a criação de um mercado regulado de carbono, no modelo cap-and-trade.
O CEBDS representa a rede do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) no Brasil e reúne os maiores grupos empresariais nacionais e estrangeiros do país.
"O Brasil está em um momento singular e ao mesmo tempo decisivo de sua história, com a chance de reinventar sua economia e assumir um protagonismo inédito no cenário global, partindo das oportunidades que a economia de baixo carbono pode gerar. A riqueza de nossos biomas nos torna o país com maior biodiversidade do mundo, abrigando entre 15% e 20% das espécies conhecidas da fauna e flora global. Além disso, somos detentores de uma matriz energética limpa, com mais de 45% de fontes renováveis. Para que essas vantagens comparativas
se tornem vantagens competitivas, é necessário atrair investimentos na direção certa."
Segundo a CEBDS, o Brasil tem um enorme potencial considerando Soluções Baseadas na Natureza (SbN), que representam aproximadamente 20% do potencial global. A criação de um Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões visa inclusive o cumprimento dos compromissos climáticos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris.
Sobre a alta integridade dos créditos de carbono, indica que seria extremamente relevante que os projetos respeitem salvaguardas socioambientais, tais como a consultas prévias, repartição justa dos benefícios, a avaliação de impactos socioambientais e transparência.
Faz inclusive referência a um guia produzido pelo WBCSD, no qual são abordados 8 passos para a compra de créditos de carbono, considerando elementos fundamentais para garantias ambientais e sociais: "A Buyer's Guide to Natural Climate Solutions Carbon Credits".
Clique na imagem abaixo para o press release da CEBDS e link para o documento de 36 páginas entregue ao governo brasileiro. Estiveram presentes executivos das seguintes companhias: Acciona, Ambev, Arcadis, Banco do Brasil, BNDES, BNP Paribas, Braskem, CBA, Ecolab, Eletrobras, Eneva, ERM, JBS, Neoenergia, Nutrien, Prumo Logística, Schneider Electric, Shell, Siemens, Siemens Energy, Unilever, Vibra Energia e Yara.