Hoje é segunda-feira, 15 de julho de 2024.
As publicações desta semana serão sobre hidrogênio, para que nossos leitores conheçam mais ações em todo o mundo já em andamento, especialmente em regiões com muito vento ou ensolaradas altamente favoráveis ao hidrogênio verde, ou indústrias já se adaptando a esta nova fonte de energia. Cobriremos a Namíbia hoje e durante a semana, a princípio, Alemanha, Europa, Canadá e Estados Unidos/Japão.
Você já ouviu falar sobre a Namíbia?
É um país do sudoeste da África, voltado para o Brasil do outro lado do Atlântico. O nome da sua capital, Windhoek, é derivado do africâner que significa “canto do vento”. A Namíbia conquistou a independência da África do Sul em 1990. A antiga grafia “Windhuk” tem origem na época colonial alemã da Namíbia, que terminou no início do século XX.
É também um lugar muito especial para os amantes do windsurf por ser o local do Lüderitz Speed Challenge, onde os melhores windsurfistas do mundo velejam a mais de 100 km/h (50 nós). Dá só uma olhada nesse vídeo “The other side of Speed!”.
Nada mal para o hidrogênio verde, não? De fato, “África: um extraordinário potencial de hidrogênio verde.”
A nova notícia vem do Ministério de Minas e Energia da Namíbia, com o anúncio de um estudo de viabilidade para um gasoduto transfronteiriço de hidrogênio verde entre a Namíbia e a África do Sul, previsto para ligar Lüderitz ao Cabo Norte da África do Sul. Considerando o potencial para futuras extensões, o estudo também visa estabelecer um corredor energético sustentável e interligado na África Austral.
Note-se a semelhança ao projeto do gasoduto de hidrogênio Bar(celona)-Mar(seille), que liga a Europa Central à Península Ibérica (e de lá ao Norte de África).
Clique na imagem abaixo para ler o artigo “Namibia to conduct Namibia-South Africa green hydrogen pipeline feasibility study” do último dia 14 de julho, publicado pelo portal Namíbia Mining and Energy.
Publicado em junho de 2024, poderá também se interessado pelo relatório “Green Hydrogen Production in Namibia” por mencionar outros “acordos internacionais notáveis” assinados pelo Governo da Namíbia:
Comunicado Conjunto de Intenções (JCoI) com o Governo Alemão para cooperar em pesquisa e desenvolvimento, realizar estudos de viabilidade e apoiar o desenvolvimento de plantas piloto conjuntas;
Acordo de cooperação no domínio da economia do hidrogênio entre o Ministério Federal Alemão dos Assuntos Econômicos e Ação Climática e o Ministério da Energia da Namíbia;
Memorando de Entendimento (MoU) assinado pela Namport – Autoridade Portuária da Namíbia – com o Porto de Rotterdam (Holanda), para construir as infraestruturas necessárias ao fornecimento de hidrogênio verde de Lüderitz a Rotterdam;
Memorando de Entendimento para cooperação no domínio do Hidrogênio Verde assinado entre o Ministério das Minas e Energia da Namíbia com o Ministério da Energia da Bélgica; e
Parceria estratégica sobre matérias-primas sustentáveis e hidrogênio verde entre a União Européia e a Namíbia.
O estudo foi preparado pela DECHEMA, Gesellschaft für Chemische Technik und Biotechnologie e.V. (Sociedade de Engenharia Química e Biotecnologia), organização que reúne especialistas de uma ampla gama de disciplinas, instituições e gerações com foco na identificação e avaliação de tendências tecnológicas emergentes, objetivando aplicações industriais.
Clique abaixo para baixar o estudo de 23 páginas.
Amanhã publicaremos sobre o National Hydrogen Strategy da Alemanha.