Revisitando um artigo da Harvard Business Review (HBR). Por Robert G. Eccles e John Mulliken.
Para começar, citamos:
"... atuar em planos climáticos é sempre "o trabalho do próximo CEO". Mas toda empresa tem uma posição descoberta “carbon short” com base em suas emissões, responsabilidade oculta que precisaria ser reconhecida hoje. Essa posição curta surge das emissões de carbono produzidas por suas próprias operações (Escopo 1 e 2) e seus produtos e serviços (Escopo 3). A maioria das empresas não reconhece esse passivo porque essas emissões são precificadas a zero hoje, foram precificadas a zero no ano passado e, portanto, parece natural supor que elas serão precificadas a zero no futuro."
Um exemplo (semi) hipotético: "Em 2020, a ExxonMobil liberou 112 milhões de toneladas métricas de CO2 "equivalente" (junto com o carbono, também liberaram outros gases de efeito estufa como o metano). Por US$ 100/ton, eles deveriam US$ 11 bilhões anualmente relativos a suas próprias emissões. Uma vez que a empresa lucrou apenas US$ 8 bilhões em média nos últimos cinco anos, isso significaria ir rapidamente à falência."
Cinco passos simples para as empresas começarem a atuar sobre esse “carbon short”:
(1) Medir a posição em termos de emissões de carbono
(2) Correlacionar intensidade de carbono com receitas
(3) Determinar um conjunto de preços para usar
(4) Precificar as emissões futuras
(5) Descontar os “fluxos de caixa de carbono”
Assim, com base no impacto econômico das “emissões e preços de carbono”, as empresas poderiam decidir melhor sobre os projetos que fazem sentido. E ainda optar por usar compensações, "embora estes sejam incertos e os riscos permaneçam substanciais". A propósito, perguntamos: as compensações são despesas? Um item de inventário? Ou o que? Como hedge financeiro dos preços do carbono, como alguém nos perguntou uma vez sobre o CBIOS brasileiro?
Lembre-se também que a Unidroit, a pedido do Banco Mundial, ainda está trabalhando na natureza jurídica dos créditos de carbono.
Clique na imagem abaixo para o artigo completo da HBR de 2021.
“O preço do carbono pode ser zero em muitos lugares hoje, mas é improvável que permaneça zero por muito tempo”. Basta lembrar sobre o CBAM da UE ...