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Etanol: Stellantis, Honda e Toyota destacam sustentabilidade e interesse tecnológico.

Hoje é segunda-feira, 22 de abril de 2024.


Stellantis e Honda anunciaram recentemente interesse no etanol como combustível chave para uma mobilidade mais sustentável. Além da retomada do foco na produção de veículos movidos a etanol, haverá também o uso de tecnologias bem mais modernas, inclusive em sinergia com soluções híbridas.


O uso do etanol como combustível veicular no Brasil vem da década de 70, quando sucessivas crises do preço do petróleo levaram o país a criar o Programa Pró-Álcool. De lá para cá, a frota de carros movidos a etanol no Brasil só cresceu, especialmente depois da tecnologia da injeção eletrônica, o que permitiu a mistura de combustível nos tanques dos veículos, sem afetar sua performance. O mesmo veículo pode rodar com 100% com etanol ou com 100% gasolina ou com qualquer mistura desses dois combustíveis. Esses veículos são conhecidos como FLEX. Atualmente, 80% da frota brasileira de veículos possui motorização FLEX, com mais de 40 milhões de carros vendidos nos últimos 20 anos. Inclusive a própria gasolina já tem 27,5% (35% em breve) de etanol misturado, refletindo numa melhor qualidade do ar das cidades brasileiras, comparadas com outros lugares.


A Stellantis, empresa constituída em janeiro de 2021, a partir da fusão entre os grupos Fiat Chrysler (FCA) e Peugeot-Citroën (PSA), com uma visão de mobilidade sustentável, divulgou um comparativo de emissões de CO2, confirmando vantagens do etanol para uma mobilidade mais sustentável. Adotando nos testes o conceito do "berço ao túmulo”, ou seja, o ciclo de vida completo do automóvel, veja só que resultados interessantes:


  • Gasolina (E27): 60,64 kg CO2eq

  • 100% elétrico (BEV) com energia europeia: 30,41 kg CO2eq

  • Etanol (E100): 25,79 kg CO2eq

  • 100% elétrico (BEV) com energia brasileira: 21,45 kg CO2eq


Segundo o press release da Stellantis, “os resultados comprovam as vantagens comparativas da matriz energética brasileira, principalmente a importância dos biocombustíveis”. O veículo abastecido com etanol reduz mais de 60% a pegada de carbono.


Clique na imagem abaixo para ler mais a respeito sobre o estudo citado acima, bem como sobre a plataforma BIO-ELECTRO, o híbrido brasileiro que combina etanol e eletrificação, além de saber mais sobre a estratégia de descarbonização da Stellantis. Ao final do press release há um vídeo com o comparativo das emissões de CO2 em tempo real.


Sobre a Honda, segundo seu press release de 19 de abril de 2024, “a Honda valoriza o etanol como um combustível de fonte natural, renovável e disponível em larga escala no Brasil, alinhado a uma economia de baixo carbono. Com esse anúncio, a Honda Automóveis do Brasil dará um passo importante rumo à diversificação de produtos eletrificados em seu portfólio, com a introdução de sua exclusiva tecnologia e:HEV flex no mercado brasileiro.” Ou seja, tecnologia híbrida-flex.



Por último, cabe citar que também a Toyota já havia constatado a situação do Brasil como grande produtor de etanol - baixo carbono - e com infraestrutura nacional já disponível para uso: “A melhor solução para o Brasil na visão da Toyota é o híbrido-FLEX!”. Clique aqui e veja a imagem do post.




Stellantis video comparing CO2 emissions in real time. Source EPE Brazilian Energy Research Office and Carbon Net Zero Stellantis.
Stellantis video comparing CO2 emissions in real time. Source EPE Brazilian Energy Research Office and Carbon Net Zero Stellantis.

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Madame Marie Curie (1867 - 1934) Chemist & physicist. French, born Polish.

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