Começamos citando a editora da revista Science, Sra. Sacha Vignieri: “Hoje, existem mais de 8 bilhões de seres humanos no planeta”.
(Carbon Credit Markets acrescenta que por volta de 1950 éramos cerca de 2 bilhões).
E continua: "Dominamos a Terra, e nossas atividades estão levando um grande número de outras espécies à extinção... um modelo recém-desenvolvido... detectou uma redução no tamanho da população de nossos ancestrais de 100.000 para cerca de 1.000 indivíduos, o que persistiu por 100.000 anos. O declínio parece ter coincidido tanto com grandes mudanças climáticas quanto com eventos de evolução das espécies."
Ela se refere a um estudo recente liderado por Wangjie Hu, da Chinese Academy of Sciences em Shanghai, cuja equipe desenvolveu um método que lhes permitiu reconstruir a dinâmica populacional antiga, a partir de dados genéticos dos humanos atuais. Ao construir uma complexa árvore genealógica, a equipe conseguiu identificar, com precisão, eventos evolutivos significativos. E eventualmente explicar a falta de registos fósseis na África e Eurásia entre 950.000 e 650.000 anos atrás.
De acordo com a Nature, "Este período fez parte da transição do Pleistoceno Médio, época de mudanças climáticas drásticas, quando os ciclos glaciais se tornaram mais longos e intensos, e secas se espalharem pela África.
Estudos científicos de fato indicam que o Pleistoceno Médio - 1,2 a 0,5 milhões de anos atrás - registou mudanças fundamentais no clima da Terra, quando ciclos de baixa amplitude de 41 mil anos progressivamente deram lugar a ciclos de 100 mil anos de alta amplitude. Aqui um estudo (para baixar).
Um co-autor sugere "uma queda global na população” e que a mudança climática pode ter eliminado os ancestrais e forçado o surgimento de novas espécies humanas. "Estes podem ter evoluído para o último ancestral comum dos humanos modernos e dos nossos parentes extintos, os denisovanos e os neandertais".
Por outro lado, como há sítios arqueológicos fora da África, outros cientistas sugerem que ao invés de global o impacto poderia ter sido regional, com apenas partes da Terra tornando-se inabitáveis.
Interessante.
Clique aqui para o artigo original na Science (Abstract e Editor's summary são de acesso livre).
E se você clicar na imagem abaixo (Shutterstock), poderá ler o artigo (em inglês) na Nature.