Hoje é terça-feira, 23 de julho de 2024.
Os desafios de acelerar o funcionamento dos mercados de créditos de carbono não se limitam aos países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos também enfrentam dificuldades e gargalos.
Dentre outros, tais como os esforços de melhoria da integridade e artigo 6, os governos estão pedindo mais protagonismo por parte do setor privado, especificamente relacionado aos créditos voluntários de carbono. Os Estados Unidos (EUA) deixaram isso claro há algumas semanas.
Ligado ao papel do setor privado, nos países em desenvolvimento as dificuldades parecem estar mais relacionadas ao consenso sobre regulamentações, alinhamento de interesses, enquanto nos países desenvolvidos a questão atual parece ser a limitação do tamanho do mercado, ritmo de interesses.
Por outro lado, além do inquestionável apelo à sustentabilidade, esta situação também representa novas oportunidades de negócio internacionais. Por hora, envolvendo países desenvolvidos (e o nascente artigo 6).
Um recente press release da Xpansiv, uma operadora de bolsa de créditos de carbono com sede em São Francisco EUA, estima que o tamanho do mercado japonês para créditos de carbono seja de aproximadamente 1,5 milhões de toneladas por ano. E acrescenta que a atual oferta de créditos de carbono por lá fica aquém da crescente procura de compensações de carbono.
Lembremos que os chamados J-Credits foram lançados no Japão em outubro de 2023. As 6 categorias de J-Credits são: Economia de energia; Energia renovável para eletricidade; Energias renováveis para aquecimento; Energia renovável para uma combinação de electricidade e aquecimento; Florestal; e outros.
Na verdade, o press release anuncia uma parceria entre a Xpansiv e a Japan Climate Exchange (JCEX) da Enechain Corp., que comercializa J-Credits e non-fossil certificates.
De acordo com o comunicado, a integração do JCEX com o Xpansiv Connect permitirá que as empresas japonesas comprem e vendam créditos voluntários de carbono de alta qualidade de centenas de projetos e contratos padronizados através do JCEX, incluindo aqueles alinhados com os Core Carbon Principles da ICVCM, International Renewable Energy Certificates (I-RECs) e CORSIA (aviação).
Não é a primeira vez que a Xpansiv é citada em nossos posts.
Em outubro passado foi a África do Sul que lançou o seu mercado voluntário de carbono (VCM) através da Johannesburg Stock Exchange (JSE) em colaboração com a Xpansiv.
Mais recentemente, em abril de 2024, foi a Saudi Arabia’s Regional Voluntary Carbon Market Company (RVCMC) que anunciou a selecção da Xpansiv para fornecer infra-estruturas tecnológicas para o comércio de créditos de carbono da RVCMC.
Dentre outros, a Xpansiv administra um spot exchange de produtos ambientais, incluindo créditos de carbono e certificados de energia renovável. Também opera uma plataforma independente para gerenciamento e venda de créditos de energia solar renovável nos EUA.
Clique na imagem abaixo para ler o press release da JCEX.
