Um estudo inédito da Embrapa Florestas começou a mensurar os dados de acúmulo de carbono em produtos florestais madeireiros (PFM), como madeira serrada, painéis de madeira e papel e papelão, bem como resíduos descartados desses materiais. O primeiro levantamento foi elaborado em 2020, utilizando o ano de 2016 como referência, e contabilizou 50,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente no País. O número obtido, apesar de ser considerado ainda pequeno, quando comparado a outros países, representa 3,5% do total de emissões de gases de efeito estufa (GEE), e é deduzido da conta final de emissões brutas, o que pode ser cada vez mais estratégico para o Brasil.
Segundo o pesquisador da Embrapa Florestas Luiz Marcelo Rossi “a madeira é composta por carbono em cerca de 50%, assim todo PMF, como um móvel, um livro, uma tábua contém carbono que foi retirado da atmosfera pelas árvores. Dessa maneira o carbono permanece armazenado no produto até que inicie a decomposição e consequente emissão de CO2 após o uso. Assim, a produção e uso de PMF é uma forma de aumentar a remoção de CO2 da atmosfera contribuindo para redução dos efeitos das mudanças climáticas”.
A produção e o uso de produtos madeireiros florestais amplia a remoção de CO2 da atmosfera, contribuindo para redução dos efeitos das mudanças climáticas.
A contribuição dos produtos florestais na remoção de CO2 representa cerca de 13% das emissões brutas do setor Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas.
Clique aqui para o press release da Embrapa e na imagem abaixo para o o estudo científico.
Esse tipo de trabalho científico deve ajudar muito em futuras questões como o Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM) europeu.