Pela lente do Greenhouse Gas Protocol (GHGP), a KPMG US lançou um guia para profissionais de finanças explicando tudo sobre emissões de GEE. Um documento de 174 páginas estruturado como um Q&A que vale a pena compartilhar com um público maior.
Citando o foreword: "O mundo das finanças está se expandindo. Além dos números e para a natureza... Profissionais de finanças desempenham um papel valioso na ligação entre dados científicos e informações de qualidade para investidores. E devido à sua influência no futuro dos relatórios de emissões, torna-se cada vez mais importante... entender o Protocolo e os fundamentos do relatório de emissões de gases de efeito estufa – GHG 101."
O Resumo Executivo indica como coletar e usar dados de emissões de GEE: (1) Definir o limite organizacional, (2) Classificar as fontes de emissões, (3) Calcular as emissões, (4) Rastrear as emissões e (5) Relatar as emissões.
E ao longo do guia, respostas para mais de 100 perguntas, p.e.:
O que é um inventário de GEE?
Qual é a fórmula para estimar as emissões de GEE?
O que é um atributo de energia renovável?
Quando recálculos são necessários?
Como são calculadas as emissões dos escopos 1, 2 e 3? (Mais de 30 páginas do relatório referem-se ao Escopo 3...)
O que é um offset credit? (2º capítulo mais longo do guia)
Na página 162, a lista completa de perguntas. Aliás, uma forma interessante de usar o guia, pois para cada pergunta há um link para a resposta.
Baixe o relatório clicando na imagem abaixo. E aqui para visitar a KPMG US, ESG Reference Library.
Sobre o GHGP, começou em 1998, uma parceria entre o World Resources Institute (WRI) e o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Com o tempo, vários padrões e orientações foram lançadas, tornando o GHGP o principal framework para medir e relatar emissões de GEE. Anote aí:
CO2 Dióxido de carbono: queima de combustíveis fósseis, de florestas e outras biomassas, produção de cimento
H4 Metano: processos agrícolas, fermentação entérica em animais, decomposição de resíduos sólidos urbanos e animais, gás natural e petróleo, subproduto da mineração de carvão e combustão incompleta
N2O Óxido Nitroso: culturas e forragens fixadoras de nitrogênio, uso de fertilizantes sintéticos e deposição de esterco, queima de combustível fóssil, tratamento de águas residuais e incineração de resíduos, queima de biomassa
HFCs Hidrofluorcarbonetos: ar condicionado, refrigeração, propelentes de aerossóis, extintores de incêndio e solventes
PFCs Perfluorcarbonos: produção de alumínio e chips semicondutores
SF6 Hexafluoreto de enxofre: emissões de painéis elétricos, processos de fundição e magnésio, fabricação de semicondutores
NF3 Trifluoreto de Nitrogênio: fabricação de semicondutores, de certos tipos de painéis solares e lasers químicos