Terça-feira, 10 de dezembro de 2024.
“No momento, é efetivamente certo que 2024 será o ano mais quente já registado e mais de 1,5°C acima do nível pré-industrial, de acordo com a ERA5.”
Este anúncio foi feito ontem, 9 de dezembro, pelo Copernicus, programa da União Europeia que monitora o meio-ambiente e o planeta da Terra.
De acordo com o Intergovernmental Panel on Climate Change, esperava-se que este limite de aquecimento global de 1,5°C fosse atingido por volta de 2050.
ERA5 é uma análise regular produzida pelo Climate Change Service do Copernicus no European Centre for Medium-Range Weather Forecasts, com estimativas horárias de um grande número de variáveis climáticas atmosféricas, terrestres e oceânicas.
Isso também significa que, além do comunicado sobre a quebra da barreira dos 1,5°C, mais coisas foram anunciadas:
Fora da Europa, as temperaturas estiveram acima da média no leste do Canadá e no centro e leste dos EUA, na maior parte do México, Marrocos, noroeste de África, China, Paquistão, na maior parte da Sibéria e na Austrália.
As temperaturas estiveram principalmente abaixo da média no oeste dos Estados Unidos, em partes do norte de África, no extremo leste da Rússia e na maior parte da Antártica.
A temperatura média da superfície do mar para Novembro de 2024 entre 60°S–60°N foi de 20,58°C, o segundo valor mais elevado registado para o mês, e apenas 0,13°C abaixo de Novembro de 2023.
Observaram-se condições mais húmidas do que a média em muitas regiões dos Estados Unidos, em grande parte da Austrália e em grandes regiões da América do Sul, desde a Ásia Central até ao extremo leste da China. Tufões varreram o Pacífico ocidental, causando fortes chuvas e danos, especialmente nas Filipinas.
Condições mais secas do que a média foram observadas no sudoeste dos EUA, no México, no Chile e no Brasil, no Horn da África, nas regiões da Ásia Central, no sudeste da China e no sul da África. Várias regiões da América do Norte e do Sul sofreram secas.
O gelo marinho do Ártico atingiu a terceira menor extensão mensal em Novembro, 9% abaixo da média.
Pois é … físico-química … “O ar quente se expande e sobe; o ar resfriado se contrai – fica mais denso – e desce; e a capacidade do ar de reter água depende de sua temperatura … determinado volume de ar a 20°C pode reter duas vezes mais que a quantidade de vapor de água a 10°C”.
Clique na imagem abaixo para ler o press release completo do Copernicus.
Importante lembrar que os países desenvolvidos já se preparam para uma Terra muito mais quente.
No início deste ano, informamos que o governo francês estaria considerando os seguintes cenários de temperatura global:
Parece que planos como este se tornarão mais frequentes. E precisarão ser revisados regularmente.
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