Hoje é sexta-feira, 13 de outubro de 2023.
Conforme antecipado, créditos de carbono começaram a ser negociados no Japão na última quarta-feira.
Segundo o ministro japonês: "Usaremos o poder do mercado para criar um sistema onde aqueles que trabalham na redução de emissões possam lucrar e aqueles que não o fazem devem pagar ... utilizar eficazmente o mercado de créditos de carbono para conseguir tanto a redução das emissões quanto o crescimento econômico". Clique aqui para artigo (em inglês) da Nikkei Asia.
A Ásia já tem vários mercados para comércio de carbono estabelecidos: Singapura, Hong Kong, Malásia, Indonésia. E a China dentro em breve.
De acordo com a Singapore AirCarbon Exchange (ACX), mercado voluntário de carbono (VCM) baseado em blockchain lançado em 2019 em parceria com a UNFCCC, o Abu Dhabi Global Market e a Deutsche Börse (DAX): "O VCM permanece muito fragmentado, especialmente quanto aos créditos REDD para os quais os compradores ainda preferem transações vinculadas a projetos. Créditos REDD do conhecido projeto Katingan, safra 2020, valem US$ 7,00 /tCO2e. Créditos ARR estão sendo negociados a preços mais altos, como um projeto em Gana registrado na Gold Standard, safra 2018, sendo oferecido a US$ 17,00 /tCO2e, e outro dos Estados Unidos registrado no ACR, safra 2020, a US$ 34,00 /tCO2e. Além disso, observa-se diferença significativa de preços entre os créditos REDD+ com acordos de compra exclusiva, em comparação com aqueles sem tais acordos."
Expectativa é grande sobre a recente consulta pública da SBTi, sobre o uso de Certificados de Atributos Ambientais, incluindo créditos de carbono, pelas empresas com metas climáticas. O resultado da consulta poderá impactar a demanda no VCM "se o SBTi permitir a utilização de créditos de carbono como instrumento de compensação de emissões de escopo 1, 2 e 3”.
Há inclusive notícias de que a ACX e a DAX poderiam criar contratos futuros de créditos de carbono. Clique aqui para artigo (em inglês) da PR Newswire.
A propósito, este artigo também menciona a presença da ACX no Brasil, conforme post de janeiro de 2022. "Rio de Janeiro, BlockC, AirCarbon Exchange e um Mercado de Crédito de Carbono no Brasil".