De acordo com a BloombergNEF (BNEF) os investimentos em captura e armazenamento de carbono (CCS) mais que dobraram desde o ano passado, atingindo um recorde de US$ 6,4 bilhões.
Os Estados Unidos lideram com 45% do investimento global, mas a divisão regional está bem mais equilibrada do que em anos anteriores. O investimento regional Ásia-Pacífico aumentou para US$ 1,2 bilhão devido a projetos na Austrália e na Malásia. A China encomendou um projeto piloto para capturar 0,2 milhão de toneladas de CO2 por ano em um complexo petroquímico.
O financiamento da União Européia (UE) para CCS foi principalmente capital de risco fluindo para empresas de captura direta de ar como a suiça Climeworks que garantiu US$ 650 milhões recentemente. A UE destinou grande parte de seu financiamento à descarbonização industrial, com US$ 420 milhões investidos em projetos de cimento e aço.
Por outro lado, países específicos como a Alemanha ainda estão trabalhando em sua legislação para permitir o armazenamento de carbono. Particularmente na indústria de cal e cimento. Segundo o vice-chanceler Robert Habeck, que também é militante do ambientalista Partido Verde, “a Alemanha está trabalhando agora em uma estratégia de gestão de carbono para criar a legislação para o uso dessas tecnologias ainda neste ano, em meados de 2023”. Já o think tank Agora Energiewende, preocupado com o atraso, disse em um relatório que a Alemanha liberou o equivalente a 761 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono em 2022.
A política dos EUA tem sido generosa com a CCS, o que deve levar a mais investimentos em projetos de CCS em 2023. À medida que a descarbonização de setores difíceis ganha impulso e o apoio político aumenta globalmente, a BNEF espera que os recordes de investimento em CCS continuem a ser quebrados.