Hoje é sexta-feira, 02 de agosto de 2024.
“Global Climate Investing Survey 2024: Realism on the transition journey”.
Este é o título de um estudo divulgado pela Robeco, gestora de ativos internacional de origem holandesa com cerca de €200 bilhões geridos em ativos integrados com ESG.
“Os investidores estão agora mais informados, cautelosos e menos ingênuos em suas abordagens quanto às alterações climáticas. Essa é a principal mensagem do Global Climate Investing Survey 2024, que mostra maior realismo no longo caminho para um mundo de baixo carbono” indica o press release da Robeco.
Esta é a 4ª pesquisa anual da Robeco e abrangeu 300 investidores. Os resultados mostraram grandes diferenças regionais nas atitudes em relação aos investimentos climáticos, com a Ásia-Pacífico liderando, superando até mesmo a Europa, enquanto o interesse na América do Norte fica para trás.
Do estudo citamos: “Um fundo de pensão norte-americano comentou querer que os gestores de ativos “demonstrem que uma carteira descarbonizada pode ter um desempenho tão bom como uma carteira carbonizada. Temos que obter os melhores retornos para os nossos participantes”. E um atacadista investidor norte-americano disse querer que os gestores de ativos “se concentrem nos benefícios não só para o planeta, mas também nos potenciais retornos para os investidores”.
Este cenário na América do Norte já é conhecido pelos leitores do Carbon Credit Markets.
Por outro lado, outro investidor disse: “Uma vantagem de financiar a transição é que isso torna o seu universo de investimentos maior. Não estamos fazendo isso apenas porque é uma coisa boa de se fazer; este é o caminho a seguir para a Ásia”.
E ainda outro acrescentou: “Há uma percepção de que, por mais que as benesses econômicas do nosso país dependam da energia, as alterações climáticas estão acontecendo. Muita gente pensava que era um problema das ‘gerações futuras’, mas estamos sentindo seu impacto agora”.
Taxonomias que especifiquem investimentos verdes foram indicadas como referências importantes, além de metas baseadas na ciência e melhores divulgações, especialmente para mitigar o risco de greenwashing durante esses tempos de transição.
Os investidores também responderam a perguntas como “A meta do Acordo de Paris é alcançável?” , comparando os resultados entre 2023 e 2024. Aliás, uma mudança significativa, como você mesmo poderá ver.
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Por último, lembremos que em visita recente ao Brasil a Secretária do Tesouro dos Estados Unidos indicou que serão necessários nada menos do que US$ 3 trilhões até que 2050 na transição para uma economia global de baixo carbono.