Hoje, 19 de maio, começa mais um encontro de 3 dias do G7 . Além dos membros fixos - Japão, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália (União Europeia) - foram convidados mais 8 países: Brasil, Índia, Indonésia, República da Coreia, Austrália, Vietnam, Comores e Cook Islands
(Sobre Japão, nos próximos dias falaremos do conteúdo da reunião de 10 de maio "1st Tracking Working Group of Article 6 Implementation Partnership", liderada pelo Ministério do Meio Ambiente do Japão e da qual Carbon Credit Markets faz parte)
Mas agora vale examinar os comentários do Prof. Dr. Edward B. Barbier do Depto. de Economia da Colorado State University postados na última terça-feira na Nature. São propostos 3 pilares estratégicos para o G7:
Remover as distorções de mercado que favorecem os combustíveis fósseis
Promover uma versão mais inclusiva do Climate Club
Ajudar na descarbonização das economias em desenvolvimento
As energias renováveis precisariam de mais atenção pelo G7, já que permanecem as distorções que favorecem os combustíveis fósseis, como incentivos para produção, benefícios fiscais e subsídios. Ou seja, perda de receita fiscal, sem falar nos impactos ambientais e na saúde das pessoas.
A taxação de bens com base em suas emissões de carbono incorporado também está sendo considerada. Focando inicialmente em indústrias como cimenteiras, químicas e siderúrgicas, e as protegendo da concorrência de países que não adotam iniciativas semelhantes.
Ou seja:
eliminar todos os subsídios relativos a combustíveis fósseis nos próximos 5 anos
introduzir mecanismos mais abrangentes de precificação de carbono
direcionar receitas para P&D e prioridades verdes
Sobre o Climate Club, propõe-se um preço mínimo do carbono para os participantes (e penalidades para os demais). Lembre-se aqui do nosso artigo do último Boxing Day, 26 de dezembro, "Chefe do FMI diz que preço do carbono de US$ 75/t é necessário até 2030" (US$ 75 para países de alta renda, US$ 50 média, US$ 25 baixa)
Por último, mas não menos importante, o G7 precisa ser claro e não atrasar sua assistência na descarbonização das economias em desenvolvimento.
Clique na imagem abaixo para ver o artigo, repleto de ótimas referências.