Segunda-feira, 14 de outubro de 2024.
De acordo com a edição mais recente do relatório da consultoria de risco norueguesa Det Norske Veritas DNV – Energy Transition Outlook, a boa notícia do título deve-se principalmente à queda do custo das energias renováveis. Por outro lado, as metas climáticas continuam desafiadoras.
Aqui estão os 5 destaques indicados no resumo:
2024 é provavelmente o ano do pico das emissões a partir de fontes energéticas, mas o lento declínio das emissões pós-pico mantém os principais objetivos climáticos fora do alcance
Desenvolvimento lento em setores difíceis de eletrificar contrasta com a rápida redução de custos e o crescimento da energia fotovoltaica e das baterias
Tecnologia limpa chinesa altamente competitiva ajudando a acelerar a transição
Prioridades de segurança nacional e econômica dominam a agenda internacional e retardam a transição
Forças de mercado são necessárias mas insuficientes; a política energética precisa de alinhamento urgente com os objetivos climáticos
Além disso, o relatório também traz análises e discussões sobre as seguintes questões do cotidiano:
Transportes. Quando os veículos elétricos ‘estarão no comando’? A aviação mudará para o hidrogênio? Mas e os navios?
Edifícios. A urbanização afetará a procura por energia? E quanto a todo ar condicionado em um mundo em aquecimento?
Indústria. Por que é tão difícil eletrificar a produção? Qual o reflexo de mais pessoas comprando mais coisas na demanda energética?
Combustíveis fósseis. Quando será o pico do carvão, do petróleo e do gás? Quando e quão rápido o petróleo declina?
Solar e eólica. Qual fonte vence a corrida verde: energia solar ou eólica? A eólica (vento) está com problemas?
Outras fontes não fósseis. O renascimento nuclear estaria próximo? As mudanças climáticas favorecerão a energia hidrelétrica? A bioenergia entrará em conflito com a produção de alimentos?
Eletricidade. A rede de distribuição aguentará tudo isso? Irão as fontes renováveis dominar completamente o mix energético global? Energia solar e eólica levarão a apagões e colapso da rede, devido à sua intermitência? Nossas contas de energia vão reduzir?
Outros tópicos interessantes e relevantes também abordados são:
a expansão do hidrogênio começa a patinar nas regiões em rápida evolução como Europa, OCDE Pacífico e na América do Norte
incerteza devido à geopolítica da crescente tensão entre blocos de poder e às persistentes desigualdades Norte-Sul
a inteligência artificial que permite avanços significativos em vários domínios do sistema energético, como a gestão da rede elétrica, a ciência dos materiais, o armazenamento de energia, a previsão meteorológica a curto prazo, a localização das energias renováveis e as avaliações de impacto ambiental.
Em suma, o relatório fornece uma das análises e previsões mais abrangentes do sistema energético global até 2050 – globalmente e em 10 regiões.
A Noruega e os seus mais de 5 milhões de habitantes têm razões especiais para monitorar profundamente toda a evolução da transição energética, especialmente depois do consenso da COP-28 Dubai sobre a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, dada a relevância mundial do seu fundo soberano.
Clique na imagem abaixo para acessar o portal Energy Transition Outlook da DNV, onde você pode baixar tanto a edição completa de 2024 (261 páginas) quanto o resumo executivo (11 páginas).
Vale lembrar que a DNV também está envolvida na validação da impressionante metodologia de captura e armazenamento direto de ar da Climeworks, inclusive gerando créditos de carbono, que está sendo desenvolvida na Islândia: “Futuro hoje: Salto Tecnológico da Captura Direta de Carbono. Fábrica de créditos de carbono?”
“Hidrogênio e captura e armazenamento de carbono (CCS) são indispensáveis para uma transição alinhada ao Acordo de Paris”. Citação extraída do prefácio do relatório.